Professora da Universidade de Wisconsin-Milwaukee ministra palestra no IHAC sobre migrações

Professora da Universidade de Wisconsin-Milwaukee ministra palestra no IHAC sobre migrações

O Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC) recebe, nesta quarta-feira (04/06), às 18h30, a professora Portia E. Cobb, da Universidade de Wisconsin-Milwaukee. A aula pública, intitulada “Migrações”, faz parte do Programa Internacional de Residências Artísticas e Científicas Balaio Fantasma (PIRAC), e será realizada no Auditório 1 do PAF-V, no campus de Ondina da UFBA.

A atividade, ministrada em inglês com tradução consecutiva, integra a programação do componente curricular “Ação e Mediação Cultural Através das Artes” do Bacharelado Interdisciplinar em Artes. A professora Cobb é Associate Professor na Peck School of the Arts Film, Video, Animation & New Genres Lubar Entrepreneurship Teaching Fellow, da Universidade de Wisconsin – Milwaukee.

O evento, coordenado pela Profª. Drª. Paola Barreto (IHAC), é uma iniciativa do Projeto Ecos Africanos, contemplado no Edital PPP 2023 da FAPESB, e conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFBA – PROEXT.

Sobre a palestrante

“Sou uma artista interdisciplinar que utiliza meios baseados no tempo (vídeo digital, gravações de campo e fotografia para celular). Minha inspiração vem da história pessoal e coletiva, das noções de esquecimento forçado e de memória reconstruída, da contemplação de espaços efêmeros e temporais. Meu trabalho usa e por vezes recusa a etnografia. As histórias que estou interessada em contar ou captar refletem a dupla consciência da história, memória e identidade afro-americanas. Tenho sido atraída por temas que questionam as noções de casa, lugar, deslocamento e esquecimento forçado. A minha investigação examina a noção de uma identidade enraizada nas ilhas-barreira do Low Country da Carolina do Sul; e a sobrevivência da tradição e do ritual nestes espaços rurais negros e as retenções africanas proeminentes na linguística, nos modos de alimentação, nas práticas espirituais, no folclore e nas artes materiais por uma subcultura de afro-americanos que se identificam como Gullah ou Gullah Geechee – descendentes diretos de africanos capturados em diferentes pontos da África Ocidental e transportados para as Américas durante o tráfico transatlântico de escravos para a costa da Carolina do Sul. A minha mãe é descendente de africanos capturados em pontos da Serra Leoa e de Angola e trazidos para a costa da Carolina do Sul durante o tráfico de escravos para cultivar arroz. À medida que aprendo mais sobre eles através dos anais dos registos históricos e da história oral, aprendo mais sobre mim mesma, acendendo a minha imaginação negra. Este fato inspirou e alimentou a minha própria procura no sentido de desenvolver uma estética visual que expresse a sobrevivência da minha própria herança materna, Gullah Geechee.”