Parceria entre PPGRI-UFBA e Laboratório LAVUE Paris 8 promove encontro on-line sobre racialização da urbanidade

Parceria entre PPGRI-UFBA e Laboratório LAVUE Paris 8 promove encontro on-line sobre racialização da urbanidade

No dia 18 de março de 2025, das 12h30 às 14h30, acontece de forma remota o encontro “Racialização da urbanidade: Espaços e relações raciais nas cidades“, fruto de uma parceria entre a Universidade Federal da Bahia – UFBA e a Université Paris 8, através do Programa de Pós-Graduação em Relações InternacionaisPPGRI-UFBA e do Laboratório LAVUE (Arquitetura, cidade, urbanismo, meio ambiente). 

O evento contará com as palestrantes Elise Roche (Instituto de Urbanismo de Lyon, Universidade Lyon 2) e Glória Cecília dos Santos Figueiredo (Universidade Federal da Bahia, Brasil), além da mediação de Matheus Viegas Ferrari (PPGRI UFBA e LAVUE Paris 8) e Emmanuelle Lallement (LAVUE Paris 8).

Para participar basta acessar a videoconferência por meio do link https://univ-paris8.zoom.us/j/92753552827?pwd=23BHbBqpxBcDl68d5D70953qVPYppj.1 (ID da reunião: 927 5355 2827. Senha: 863557). A sessão contará com com tradução alternada entre francês e português.

O encontro propõe explorar as dinâmicas de racialização dos espaços urbanos e a maneira como as questões de raça e racismo influenciam a produção das cidades contemporâneas. “Racismo, racialização e produção do espaço”: este foi o título de um recente dossiê da revista Espaços e Sociedades. Este mostrou como o racismo e a racialização produzem o espaço social e se ancoram no espaço produzido. Nas políticas urbanas como nos imaginários urbanos, a racialização opera e faz parte dos modos de produção, material e simbólica, da cidade. Como as políticas urbanas, as práticas institucionais e as práticas cotidianas contribuem para a produção e perpetuação das desigualdades raciais nos espaços urbanos, e de que maneira essas dinâmicas afetam o acesso das populações racializadas aos recursos, serviços e reconhecimento na cidade contemporânea? Este seminário deseja assim participar da reflexão sobre as modalidades pelas quais a raça molda as experiências urbanas.

Texto base para a apresentação da Profa. Glória Cecília: The Black city: » Radical Housing Journal

Sobre as palestrantes:

Elise Roche trabalha na interseção entre estudos urbanos e pesquisas dedicadas a questões de discriminação. Ao abordar políticas e atores habitacionais, ela se interessa particularmente pelas questões de diferenciação e desigualdades na produção cotidiana da cidade. Trabalhou especialmente com questões de reassentamento de bidonvilles (habitações precárias) no contexto francês e seus desafios em termos de produção de moradias específicas. Para abordar esse tema, ela recorre a uma literatura crítica e também se insere em abordagens geo-históricas, questionando as dimensões históricas da habitação destinada às populações migrantes. Atualmente, está desenvolvendo novas pesquisas sobre a questão “habitação e migração” em locais da região Rhône-Alpes, abordando diretamente políticas públicas e mobilizações associativas sobre o tema.

Glória Cecília dos Santos Figueiredo é Urbanista formada pela UNEB, Mestra e Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA. É Professora da Faculdade de Arquitetura da UFBA na área de planejamento Urbano e regional e membro do grupo de pesquisa Lugar Comum. Atualmente coordena o projeto Territórios e Patrimônios Amefricanos: imaginações espaciais, urgências ecológicas, práticas educativas e justiça epistêmica no Brasil e na África do Sul, uma cooperação internacional entre a UFBA, a UFPA, a Universidade de Joanesburgo e a Universidade de KwaZulu-Natal (Programa Abdias Nascimento/Capes), bem como o projeto de pesquisa cidades ex-cêntricas (Universal CNPq). Atua em iniciativas e colaborações urbanas como a Perícia Popular no Centro Histórico de Salvador e o Canteiro modelo de conservação (IPHAN, FAUFBA). Foi Professora visitante do The Bartlett Development Planning Unit of the University College London durante o colapso pandêmico de 2020. É colaboradora do Ontario Professional Planners Institute e do Black Planning Project desde 2023. Se interessa por fazeres espaciais divergentes e metodologias in/comuns. Tem estudado práticas coletivas de restituição e justiça ecológica, urbana e patrimonial, cidades pretas, controvérsias e conflitos urbanos e territoriais, infraestruturas relacionais e acumulação negativa. Alguns dos livros e capítulos que escreveu ou contribuiu foram publicados pela CLACSO, Bloomsbury Academic, EDUFBA e IPEA.

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