Evento debate a importância de intérpretes negras na produção de conhecimento
Como parte das comemorações dos 45 anos de carreira da artista-pesquisadora Marilda Santanna, a palestra Voz_negra Voz: a importância de intérpretes negras na produção de conhecimento como artista e pesquisadora, acontece no dia 9 de outubro de 2024, às 14h, no auditório do PAF 5, no Campus Ondina. Além da professora Marilda, as presenças as presenças das artistas pesquisadoras baianas Juliana Ribeiro e Manuela Rodrigues também estão confirmadas.
Este evento faz parte da pesquisa de pós-doutorado de Marilda Santanna, professora do IHAC-UFBA, na UNESP-Franca, que trata da importância da artista-pesquisadora Elsie Houston na construção do conhecimento no universo da tradição popular brasileira. A pesquisa em curso busca analisar e situar historicamente a importância de Houston na produção de um conhecimento como cantora e pesquisadora no início do século XX, utilizando e evidenciando aspectos interseccionais e decoloniais na análise de sua trajetória. A análise tem por base a singularidade da artista e pesquisadora na construção da música popular brasileira nos seus aspectos estéticos, históricos e identitários.
Além disso, este evento é também a contrapartida do projeto Marilda45-Pausa Mínima, contemplado no Edital Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado através da Secretaria de Cultura via lei Paulo Gustavo direcionada pelo Ministério da Cultura via Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a lei complementar n. 195 de 8 de julho de 2022.
Nesta ciranda de artistas negras e pesquisadoras, estão confirmadas as presenças de Manuela Rodrigues, cantautora baiana e artista pesquisadora, com Mestrado Profissional na EMUS-UFBA, e Juliana Ribeiro, artista-pesquisadora e atualmente cursa Doutorado no Pós-Cultura.
Saiba mais sobre as convidadas (informações enviadas pela produção do evento):
Manuela Rodrigues
Cantautora baiana e artista pesquisadora que finalizou seu Mestrado Profissional na EMUS-UFBA sobre a investigação artística do projeto GRITO – Canção, Piano e Voz, através da elaboração do show/performance denominado GRITO, no formato voz e piano em auto acompanhamento, onde, como artista, sou ao mesmo tempo, criadora e intérprete. Todo o repertório selecionado para o show é autoral. As canções passaram por algumas etapas de elaboração, desde os rascunhos iniciais do texto da letra e da melodia até o momento de introduzir a harmonia e o acompanhamento do piano e arranjo final para o show.
Juliana Ribeiro
Artista-pesquisadora. Atualmente fazendo Doutorado no Pós-Cultura, a artista vai apresentar usa pesquisa em andamento que visa visa descortinar invisibilidades artísticas nas trajetórias de Clementina de Jesus (1901 – 1987) Elza Soares (1930- 2022) e Liniker (1995) a fim de preencher lacunas profundas sobre a representatividade desses cantos-corpos negros na história da música brasileira popular. Pretendemos compreender como vozes silenciadas e corpos forjados para a submissão e escravidão psicossocial no Brasil insurgem com os padrões branco-normativos e ocupam espaços de poder através da arte. Um trabalho interseccional que busca desvelar como vozes (femininas, negras, periféricas, trans, multigeracionais), forjadas para o silenciamento, mentes programadas para a obediência e corpos destinados à submissão, rebelaram-se socialmente não só nas brechas “possíveis” dessa estrutura racista, mas principalmente nos palcos, ocupando espaços de relevância social.
O quê: Palestra: Voz_negra Voz: a importância de intérpretes negras na produção de conhecimento como artista e pesquisadora
Quando: 9 de outubro de 2024
Horário: 14h
Onde: Auditório do Paf 5, Campus de Ondina
Entrada franca com emissão de certificado