Em artigo no Le Monde, professora do IHAC questiona sambas machistas e reflete sobre a importância da figura feminina no gênero musical
Em artigo publicado nesta terça-feira (22) na versão digital do jornal Le Monde, intitulado Au Brésil, les femmes à la reconquête de la samba1, a professora Marilda Santanna (IHAC) fala sobre a presença da mulher no Samba e também também reflete sobre os “sambas machistas” que fazem parte da história da música brasileira. A entrevista concedida tem também como base o livro intitulado As bambas do samba, de autoria de Marilda e publicado pela Edufba em 2019, onde ela destaca a importância da figura feminina na estruturação desse gênero musical.
Confira a seguir o trecho do artigo (em tradução livre) que destaca a fala da professora:
Acima de tudo, os “sambas machistas” são questionados. “Eles são o reflexo de um período e de uma sociedade misógina. Temos que analisá-los, recolocá-los em seu contexto histórico, mas sem desculpá-los”, diz Marilda Santanna, cantora e escritora baiana, autora do livro As bambas do samba (Scielo-
Fonte: Jornal Le Monde (www.lemonde.fr/international/article/2023/08/22/au-bresil-les-femmes-a-la-reconquete-de-la-samba_6186131_3210.html).
Edufba, 2019, sem tradução) dedicado às fundadoras do samba. O próprio grande Chico Buarque disse que “sempre acreditou que as feministas têm razão” e deixou de cantar algumas de suas músicas, como Com açúcar, com afeto. “Pessoalmente prefiro excluir essas músicas do meu repertório e promover composições que destaquem outra imagem da mulher”, assume Marilda Santanna.
A matéria completa está disponível aqui, porém apenas para assinantes do Le Monde.
- No Brasil, as mulheres estão retomando o samba (tradução livre) ↩︎