Confira o e-book “IHAComunidade: Teia de Saberes e Fazeres”
* Texto de divulgação recebido pela equipe de estudantes do IHAComunidade.
O “IHAComunidade: Teia de Saberes e Fazeres” é um evento estudantil, organizado por discentes dos Bacharelados Interdisciplinares e apoiado pela Pró Reitoria de Extensão, da Universidade Federal da Bahia. Dividido em duas etapas, a primeira – mesas e rodas de conversa virtuais – foi realizada no período de 30 de novembro a 04 de dezembro de 2020. No que diz respeito à segunda etapa da iniciativa, refere-se aos espaços alternativos da Mostra Artística Virtual e da Sessão Científica-Popular, lançados publicamente no dia 10 de junho de 2021. A Sessão foi organizada pelos estudantes João Gabriel Modesto, Alvaro Gustavo Moraes e Pedro Henrique Oliveira; e a sua apresentação, disponível abaixo, foi escrita pelos dois últimos.
“Na tentativa de construir um novo devir, o E-book intitulado “IHAComunidade: Teia de Saberes e Fazeres”, fruto da Sessão Científica-Popular, apresenta discussões fomentadas a partir de um espaço pensado coletivamente e comprometido com a interdisciplinaridade, tendo em sua gênese a proposição de diálogos que entrelaçam os campos das humanidades, das artes, da ciência, tecnologia e da saúde. Ao propor esse caldeirão de lugares e visões sobre o nosso tempo, busca-se refletir sobre o passado e o que foi construído até aqui, seja a partir dos referenciais teóricos, das histórias ancestrais e das lutas; o presente, marcado pelo obscurantismo, negacionismo, anticientificismo, violência física, simbólica e existencial, mas um presente que é também, em contrapartida, marcado pela continuidade das lutas e pelas conquistas, pelas quais se possibilitam novas formas de ser e existir, de caminhos para se pensar outros corpos, espaços e sonhos.
Nesse sentido, busca-se refletir as artes atravessando poros e corpos, contemplando um horizonte de discussão e olhar no campo das artes integradas e construídas a partir dos saberes, fazeres, corpos, intelectos, vozes subalternas e sistematicamente silenciadas – localizadas, geograficamente e mercadologicamente, fora do centro e forjadas em confrontos que utiliza a arte como forma de desestabilizar e rasurar os olhares eruditos e hegemônicos sobre o fazer/ser a arte, colocando em xeque a própria produção e condição artística. Outrossim, busca-se entender a ciência e a tecnologia como caminho para transformação do mundo, cujo objetivo seja socializar as inovações como ferramentas de transformação e que tenham como resultado a melhoria da qualidade de vida da população e do meio ambiente. Procura-se ainda, pensar as humanidades em tempos de obscurantismo, tendo em vista os tempos atuais, em que condições sociopolíticas de diversos eixos populacionais e setores sociais encontram-se fragilizados e sob ameaças. Por fim, é de nosso interesse reflexionar histórias de um Brasil doente, buscando dialogar com os contextos de saúde e condição de vida de grupos sociais vulnerabilizados.”
Selecionados após avaliação a cegas por pares, os trabalhos publicados no Ebook são de autoria de estudantes e egressos dos Bacharelados Interdisciplinares, bem como de discentes do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade, alocado no IHAC. O download do E-book pode ser feito aqui.
Os títulos dos trabalhos, os nomes dos autores e o tipo de vínculo deles com o IHAC estão listados a seguir:
– REFLEXÕES SOBRE O PÓS 13 DE MAIO DE 1888 EM TERRAS BRASILIS (Diego Sant’Ana Valle, discente do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade)
– CAPITALISMO DE PLATAFORMA – UMA NOVA REDE DE TRANSMISSÃO PARA A COVID-19: DA INVISIBILIDADE AO PROTAGONISMO (Victória Henry Pereira, estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades)
– PANDEMIA, IDENTIDADES E DRAG QUEENS: NOTAS SOBRE OS PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO E DESIDENTIFICAÇÃO DURANTE A PANDEMIA DA COVID- 19 (Arilson Ferreira Rodrigues e Edgar Lucas Cerqueira, discentes do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade)
– AS MEMÓRIAS DAS PLANTAÇÕES BRASILEIRAS: UM ENSAIO SOBRE AS FERIDAS NÃO CICATRIZADAS DO ESCRAVISMO COLONIAL A PARTIR DE REFLEXÕES EM GRADA KILOMBA (Lorena Machado Gonçalves dos Santos, egressa do IHAC e Bacharela em Humanidades)
– cântico negro (Tauan Carvalho Coutinho, egresso do IHAC e Bacharel em Artes)
– EIVI, EU FUI, EU TAVA, EU SOU: A LUTA PELO DIREITO À TERRA E O ESTÁGIO DE INTERVENÇÃO E VIVÊNCIA INTERDISCIPLINAR NA BAHIA (João Gabriel Modesto, estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde).