Informações sobre Tópicos Especiais oferecidos em 2020.1
HACB18 – Tópicos Especiais em Saúde: Morte e luto – perspectivas
Turma 01
Docente: Anamélia Lins e Silva Franco
Resumo: Exploração das diversas perspectivas. Aspectos epidemiológicos, socioculturais, das políticas públicas, da bioética relacionados a morte e o luto. A morte e o luto ao longo do ciclo de vida da família. Contribuições sobre a morte e o luto a partir de abordagens teóricas das Ciências Sociais e Humanas. Articulações com filmes contemporâneos.
HACB18 – Tópicos Especiais em Saúde I: Epistemologia do Encontro: O Saber Sensível na Formação em Saúde
Turma 02 – Qua 18:30 às 22:10
Docente: Maria Beatriz Barreto do Carmo
Resumo: A problemática da racionalidade moderna eurocêntrica, em especial a dicotomia mente-corpo, em seus aspectos epistemológicos e desdobramentos para a formação e o cuidado em saúde. O desencontro como marca e metáfora da racionalidade instrumental. O encontro como central à emergência de uma epistemologia estético-expressiva e ancorada nas experiências do sensível para a formação em saúde.
HACB19 –Tópicos Especiais em Saúde II
Turma 02 – Qui 18:30 às 22:10
Docente: Adriana Pimentel
Resumo: Aspectos conceituais e socioculturais da deficiência e do transtorno mental. Atenção à saúde de pessoas em situação de vulnerabilidade, desvantagem, exclusão. Modelos de Atenção à Saúde e de Reabilitação. Formação em saúde na atuação com populações em situação de vulnerabilidade. Estratégias, recursos e possibilidades de ação territorial e comunitária.
HACB37 – Organizações Internacionais
Turma 01 – Ter 18:30 às 22:10
Docente: Elsa Kraychete
Resumo: Trajetória de organizações internacionais interestatais e não governamentais desde o surgimento no século XIX até os dias atuais. Contextos econômicos e políticos nos quais surgiram as principais organizações internacionais: determinantes para o surgimento das associações voltadas para regulações específicas, a partir das exigências de internacionalização dos sistemas produtivos e do comércio; geoeconomia e geopolítica conjunturais da Primeira e Segunda Guerras Mundiais que orientam o surgimento da Liga das Nações, das Organizações de Bretton Woods e da ONU; determinantes da crise das organizações surgidas no Pós-Guerra e a emergência de novos arranjos globais e regionais – BRICS, Mercosul, NAFTA, entre outros. Análise das relações Norte-Sul e Sul-Sul em cada contexto mundial.
HACA42 – Tópicos Especiais em Cultura I: Rumo a um Manual dos guerrilheiros contemporâneos
Turma 01 – Qui 18:30 às 22:10
Docente: Carlos Alberto Bonfim
Resumo: O convite consiste em que nos juntemos para pensar modos criativos, alegres, propositivos de intervir de forma qualificada em debates, ocupações, escolas, ruas, campos, construções, enfim, nos espaços cotidianos pelos quais transitamos. Trabalho de formiguinha, articulado, dialógico, sereno e, sobretudo, alegre, lúdico, luminoso.
Apostar por pedagogias. Outras, diversas, sensíveis, destrutivas, dissidentes. Pedagogias inquietas, indagadoras, que fazem da indignação luta por reexistir dignamente. Pedagogias poeticamente terroristas. E propositivas. Sempre.
Entre as vivências pensadas para o semestre, incluem-se, por exemplo:
- Construção de uma pedagogia da balbúrdia (que contempla módulos sobre como não temer o caos e treinamento intensivo em pensamentos complexos);
- Fabricação caseira de bombas argumentativas;
- Terrorismo poético e vandalismo verbal para desarmar gramáticas burocráticas e existenciais;
- Treinamento e capacitação física em dança, ioga e outros remelexos;
- Revolversificação: emprego didático de revólveres, metralhadoras e granadas musicais, poéticas e audiovisuais;
- Treinamento intensivo em ternura radical: táticas para desarmar bombas de med ́ódio;
- Desdoutrinação ideológica de doutrinações ideológicas;
- Auto-lavagem de cérebro (para limpeza integral e preparação / treinamento para pensar com a própria cabeça e com o próprio coração: ou sentipensar, como também é conhecido na quebrada).
Trata-se, evidentemente, de abordagem lúdica a temas diversos como lutas antirracistas, lutas anticapitalistas, dignidade humana, intolerância religiosa, direito à cidade (e à vida), comunicação alternativa, dissidências sexuais, (re) existências políticas, autonomias, dialogias, escutas sensíveis, conexões criativas. O objetivo: formar agentes multiplicadores
Admitem-se terroristas com ou sem experiência prévia, mas dispostos à escuta, ao diálogo e, sobretudo: dispostos a viver remexidas mentais-sensíveis, dispostos a sentirpensar; isto para podermos fazer muita gente à nossa volta perceber de vez que existem, sim, outros modos de estar no mundo, fazer ver que é perfeitamente possível imaginar e pôr em prática formas outras de viver a educação, os afetos, o trabalho, o consumo, o lazer, a cidade, a vida.
Chegue junto, chame gente. Gente disposta a ser interpelada e a interpelar: respeitosa e amorosamente. Gente disposta ao diálogo e a fomentar diálogos, disposta a semear reflexões que podem ser pistas possíveis para o tanto que temos que (e podemos e queremos) fazer para encarar o medo, a violência, a ignorância, a desinformação, as injustiças e as perversidades todas… E disposta, claro, a se lembrar (e a fazer lembrar) que precisamos fazer um pouco mais de barulho ao celebrar nossas conquistas – que são muitas e vêm de longe.
IMPORTANTE: além dos encontros regulares às quintas, estão contempladas também algumas atividades em diferentes bairros da cidade. E isto pode acontecer, por exemplo, num final de semana. Se ligue!
Mais informações: topicos-cultura.2020.1@gmail.com
HACA51 – Estudos do Desenvolvimento
Turma 02 – Qua 13:00 às 16:40
Docente: Elsa Kraychete
Resumo: Noções de progresso e desenvolvimento. A industrialização por substituição de importações – entre os 1930 e anos 1970. Financiamento da economia brasileira – capitais privado, estatal e estrangeiro. Matriz de produção. A transição para o neoliberalismo nos anos 1980 – dívida externa e políticas anti-inflacionárias. O neoliberalismo nos anos 1990 – abertura econômica e financeira e combate a inflação. Neodesenvolvimentismo e neoliberalismo nos anos 2000.
HACB18 – Tópicos especiais em Saúde I – Saúde e Antropoceno: Decolonialidade, Ecologia de Saberes e Bem-Viver
Docente: André Carvalho
O conceito de Antropoceno foi proposto ao mundo às portas do terceiro milênio, por Paul Crutzen e Eugene Stoermer, baseado no entendimento de que a ação humana atingiu um status e um poder de transformação do planeta equivalentes ao de uma força geológica. Esse conceito tem se revelado de grande valor heurístico, se afirmando como um conceito guarda-chuva, que inaugura ou ressignifica múltiplas frentes de investigação. Sua natureza multi/inter/transdisciplinar e sua pluralidade temática permitem a articulação de redes internacionais de pesquisadores mobilizados pela preocupação com a crise socioambiental planetária, constituindo, atualmente, um campo de estudos prolífico. Uma das formas mais auspiciosas de abordar o Antropoceno se dá articulando essa noção a alguns campos, estudos e debates acadêmicos de vanguarda, de modo a integrar novas epistemologias ao debate, uma vez que a ação humana que coloca o planeta em risco diz respeito especificamente aos caminhos tomados pela Civilização Ocidental e pela Modernidade. Com base nessas reflexões, o presente curso, tendo como questão de fundo a Saúde, tem como proposta a articulação entre os estudos sobre o Antropoceno (sob uma perspectiva multiespécies, ou “mais-que-humana”), Decolonialidade, Ecologia de Saberes e Bem-viver. Entende-se aqui essa última concepção, “bem viver” como distinta da ideia ocidental de “bem-estar”, pois baseada em cosmovisões e estilos de vida de povos originários, como os andinos (Sumak kawsay, Suma Qamaña) e guaranis (Ñandereko), entre outros. O material a ser analisado no curso irá alternar textos acadêmicos propriamente ditos, textos de autoria de pensadores ameríndios e textos literários e/ou vídeos considerados pertinentes.
Tópicos Especiais em Humanidades I – Psicologia das massas digitais: Estudos sobre o fascismo
Docente: Fernando Ferraz
O curso parte da ideia de que o fascismo não é somente um fato histórico do qual se possa traçar suas condições de emergência em um dado período histórico e geográfico (a Europa dos anos 1930). Um fato histórico que felizmente passou, foi deixado lá no passado o qual deve ser lembrado insistentemente, mas que não voltará jamais. Não deixando de lado esse fato histórico inegável, mas olhando por outra perspectiva, o curso partirá da hipótese de que o fascismo é fundamentalmente uma estrutura inerente ao funcionamento normal das nossas democracias liberais, não a sua degradação. No fundo de nossas democracias pulsa um desejo autoritário. Do mesmo modo, haveria nos sujeitos predisposições psicossociais para o fascismo não necessariamente conscientes. Em suma, o fascismo será examinado não simplesmente como um regime de governo, mas como uma forma de vida. O caminho escolhido para dar conta de tal discussão será partir do texto freudiano seminal Psicologia das massas e análise do eu de 1921, para em seguida examinar como se dá essa discussão em duas grandes correntes do pensamento crítico: a alemã com os textos da Escola de Frankfurt e a francesa a partir dos textos de George Bataille. O curso se esforçará por culminar em um examine de determinados aspectos da atualidade política no Brasil e no mundo.