Professor de cenografia realiza palestra
O professor de cenografia José Dias realiza palestra, no dia 24 de maio, às 19h, na Sala do Côro do Teatro Castro Alves. Dias é cenógrafo da peça O melhor do homem, que estréia no dia 27 de maio e é dirigida pelo professor Djalma Thürler, do IHAC.
A palestra de Dias faz parte do Programa Conversas Plugadas, do TCA, cujo objetivo é proporcionar novos aprendizados ao Corpo Técnico através do contato e intercâmbio com profissionais de grande excelência no cenário nacional e internacional. O evento é gratuito e aberto também à comunidade.
Mestre e doutor pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Dias atualmente desenvolve pesquisa sobre a arquitetura cênica no Brasil. É professor titular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Como cenógrafo e figurinista, já participou de mais de 330 espetáculos, a maioria deles no Rio de Janeiro e em São Paulo, tendo alguns deles excursionado pelo Brasil e exterior. Da qualidade desses trabalhos resultaram indicações e prêmios: para o Mambembe, em 1983, pela cenografia de Besame mucho, de Mário Prata (RJ); em 1984 (SP) e 1986 (RJ) pela cenografia de Dueto para um só, de Tom Kempinski; para prêmios Mambembe e Molière, em 1987, pelo trabalho Um piano a luz da lua, de Paulo Cesar Coutinho (RJ); em 1984, recebeu o prêmio Mambembe, pela cenografia de Simon/Simon, de Isaac Chocron (RJ); em 1985, recebeu o prêmio IBEU de teatro (RJ) com a peça Este mundo é um hospício, de Joseph Kesselring; em 1989 o prêmio Molière pela arquitetura cênica de A trágica história de Dr. Fausto, de Christopher Marlowe (RJ), convalidado pela Congregação da Escola de Belas Artes (UFRJ) com o prêmio Medalha de Ouro e Prêmio Viagem; em 1992, o prêmio Shell de melhor cenografia por seus trabalhos: Romeu e Julieta, de William Shakespeare e Comunicação a uma academia, de Franz Kafka (RJ). Em 1994 o prêmio Oscarito (SATED) como melhor cenógrafo do ano no Rio de Janeiro. Indicado para os prêmios Shell no primeiro e segundo semestres de 1995- e Mambembe no primeiro semestre de 1995 (RJ).
Em 1996, os prêmios Mambembe e Shell como melhor cenógrafo de 1995 pela cenografia de Lima Barreto ao 3º dia, de Luis Alberto de Abreu e Édipo Rei, de Sófocles (RJ). Em 1996, indicado para o prêmio Cultura Inglesa (RJ) com o espetáculo São Hamlet inspirado no Hamlet de William Shakespeare. No primeiro semestre de 1997, indicado para o prêmio Shell (RJ) pela cenografia de Cartas Portuguesas, de Mariana Alcoforado. Em 1997, ganhou o prêmio Mambembe com a cenografia de Divinas Palavras, de Ramon Del Valle Inclán (RJ). Em 1998, indicado no primeiro semestre para o prêmio Cultura Inglesa de Teatro (RJ). Em 1999 foi laureado com os prêmios: Cultura Inglesa de Teatro e Paschoalino com os espetáculos: A profissão da Senhora Warren, de Bernard Shaw e Romeu e Julieta, uma história de amor, de Ariano Suassuna (RJ). Indicado no segundo semestre de 1999 para o prêmio Shell, com o espetáculo Bispo Jesus do Rosário – A via sacra dos contrários, de Clara Góes (RJ).
Em 2002, recebeu em Fortaleza, Ceará, o prêmio Waldemar Garcia, ainda neste ano foi diplomado como Conselheiro Emérito do Conselho de Minerva da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, e agraciado com o Diploma de Amigo do CEP – Centro de Estudos de Pessoal – Exército Brasileiro – Ministério da Defesa. Em 2003 ganhou o Prêmio Shell pela cenografia de Teresa D’Avila, a Santa Descalça, de Fidelys Fraga (RJ) e foi agraciado com a Medalha Pedro Ernesto pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Em 2004, laureado com o Título de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Em 2006, recebe o Título de Aluno Eminente da Congregação do Colégio Pedro II – RJ. Em 2009, agraciado com o Diploma de Amigo da ESG – Escola Superior de Guerra – Exército Brasileiro – Ministério da Defesa e laureado pela International Biographical Center, de Cambridge, England, com o título “Top 100 Educations”, pelas realizações na área das Artes.
Em sua passagem pela televisão, trabalhou na extinta TV Tupi (1972-1973), mas foi na TV Globo que deixou trabalhos importantes, onde esteve de 1974 a 1989, sendo responsável pela cenografia dos casos especiais (O silêncio é de ouro, Feliz aniversário, Ciranda cirandinha, Jorge um brasileiro, A morte e a morte de Quincas berro d’água, entre outros) e do seriado O Bem Amado. Participou também da equipe de cenógrafos de novelas (Gabriela, A Escalada, O Grito, Bravo, Saramandaia) e ocupou o cargo de Cenógrafo Chefe do Setor de Montagens naquela emissora, entre 1979 e 1981. Foi ainda responsável pela cenografia de Casos Verdades (1985), Teletema (1986). Na linha de show, participou de Chico Total (1981) e Fantástico (1987-1989). Além do teatro e televisão é também Diretor de Arte e Cenógrafo de cinema, filmes institucionais e comerciais.