Grupo Cultura e Sexualidade conta com novos integrantes

O grupo de pesquisa Cultura e Sexualidade (CUS), coordenado pelo professor do IHAC, Leandro Colling, conta com novos integrantes, todos de gradução. São eles: Ana Verena de Menezes (BI Humanidades), Anthony Richard Zarpellão (BI Artes), Antonio Rafael de Santana (BI Humanidades), Bárbara Menezes (BI Saúde), Danilo Nascimento dos Santos (BI Humanidades), Jacson do Espírito Santo (BI Humanidades), Jeferson Silva dos Santos (BI Humanidades), Laila Milani Magalhães (Produção Cultural), Marise Rosas Queiroz (BI Saúde), Ronali Santana Oliveira (BI Saúde) e Thiago Vivas (BI Saúde).

O grupo, que pertence ao Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT), ligado ao IHAC, iniciou suas as atividades no final de 2008, e atualmente, realiza uma pesquisa, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), que analisa as representações de personagens não-heterossexuais nas telenovelas da Rede Globo. Para saber mais sobre a pesquisa realizada pelo CUS, basta clicar aqui. 

A pesquisa também conta com os antigos integrantes do grupo. “Agora, cerca de 20 alunos de graduação dos cursos de Jornalismo, Produção Cultural, Ciências Sociais, Letras, BI em Artes, Humanidades e Saúde e duas mestrandas e um mestrando do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Pós-cultura), integram o grupo”, disse o coordenador Leandro Colling.

Segundo Colling, os novos integrantes do grupo estão lhe surpreendendo com dedicação e o interesse em compreender as relações entre a cultura e a sexualidade. O grupo estuda as principais obras dos chamados estudos gays e lésbicos, em especial os da Teoria queer.

O CUS já têm eventos agendados para participar esse ano. “O grupo vai participar do VI Enecult e também vai realizar, em setembro, de 8 a 10, um grande evento, aqui em Salvador, para discutir políticas públicas para a comunidade LGBTTT. Estamos finalizando a programação desse evento, que vai contar com os principais pesquisadores brasileiros da área aqui em Salvador”, disse o coordenador.

Os novos integrantes do CUS, Bárbara Menezes, Danilo Nascimento dos Santos e Thiago Vivas nos concederam uma entrevista sobre essa nova experiência acadêmica.
 
Bárbara Menezes
O que motivou a entrar no grupo?
Sempre me interessei pela sexualidade humana. Como sou aluna da área de saúde, esse tema se torna fundamental para o estudo da saúde como um todo, envolvendo o ser humano por completo. O tema do grupo estuda não apenas a sexualidade humana, mas sua presença na televisão, um meio de comunicação em massa de grande influência, e especificamente na Rede Globo, que é a maior e mais assistida rede de televisão do Brasil. Então, os estudos do grupo ajudam a encaminhar minha formação de forma mais completa, estudando a sexualidade humana.
Você já pesquisou sobre o assunto?
Pesquisei algumas coisas relacionadas às novelas, mas nada muito significativo ainda.
De que forma o tema de pesquisa lhe atrai?
O tema tem forte ligação com o meu curso,  pois no BI em Saúde estudamos a saúde como o bem-estar do ser humano, envolvendo diversos aspectos, incluindo social, e isso se relaciona muito com a sexualidade do indivíduo e suas implicações.
Qual é sua expectativa no grupo de pesquisa?
Pretendo aprender cada vez mais sobre os maiores teóricos e pesquisadores do tema, tentando sempre relacionar com meus aprendizados sobre saúde, entrando um pouco no universo das humanidades, que é um mundo um pouco diferente da área de saúde.
O que você está achando da experiência?
Estou muito satisfeita de conhecer pessoas como o professor Leandro Colling, que tem tantos conhecimentos sobre esse tema e nos ajuda a entender um pouco mais esse universo das humanidades e da teoria queer (teoria norteadora do grupo). É interessante conhecer os integrantes mais antigos do grupo, que estão com conhecimento à frente do nosso sobre esse assunto e compartilham muito conosco, os novatos. Acho fantástico também perceber as nuances dos discursos por trás de personagens aparentemente tão inocentes e sem importância de algumas novelas e aprender a apurar mais o olhar para o que nos parece tão inocente.
O que você está fazendo?
Estou pesquisando sobre os personagens LGBTTT da novela Kubanacan e lendo os textos sugeridos pelo grupo.
Fale um pouco do grupo.
O grupo pesquisa personagens gays, lésbicas, travestis, transexuais e trangêneros nas telenovelas da Rede Globo e faz uma análise desses personagens na visão da Teoria queer.
  
 
Danilo Nascimento dos Santos
O que o motivou a entrar no grupo?
A importância do tema a ser tratado pelo grupo, e a oportunidade de me envolver nas atividades de pesquisa que acontecem na Universidade, podendo assim desenvolver os conhecimentos adquiridos no processo de aprendizagem estudantil e aplicá-los nas atividades que a mim forem propostas.
Você já pesquisou sobre o assunto?
Em partes sim. Já pesquisei sobre cultura (um tema em que eu pretendo me especializar), e li alguns livros e textos referentes ao tema. Porém, Sexualidade é um tema em que eu estou tendo meus primeiros contatos.
De que forma o tema de pesquisa lhe atrai?
“Cultura e Sexualidade” é um tema bastante amplo e que possibilita ao pesquisador uma nova forma de interpretar as relações sociais, as relações de poder, a diversidade cultural, dentre outros. É uma maneira de enxergar a realidade a partir de outro olhar, o olhar de quem participa e analisa, simultaneamente.
Qual é sua expectativa no grupo de pesquisa?
Desconstruir e construir acepções (no sentido de “trocas de conhecimentos”), desenvolver meus estudos e pesquisas e traçar meu perfil acadêmico dentro da universidade.
O que você está achando da experiência?
Está sendo muito prazeroso relacionar os estudos compreendidos em sala juntamente com as atividades de pesquisa do grupo (desde a leitura de textos).
O que você está fazendo?
Pesquisando mais sobre o objeto de estudo.
Fale um pouco do grupo.
Pra mim a descoberta do grupo de pesquisa Cultura e Sexualidade foi essencial para que eu chegasse a ter contato com o tema (que é a área que eu pretendo me especializar). O grupo mostra ser bastante entrosado e que trata do tema com seriedade e comprometimento. Sou estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades, e esse mundo interdisciplinar trouxe para mim novos contextos. Esse abrangente universo que é o BI me proporcionou o contato com diversas matérias que convergem com o tema do grupo de pesquisa e isto é essencial para que eu aproveite o que é dado em sala. Então essa é uma das coisas interessantes no grupo, esse aproveitamento de conhecimentos. Um conhecimento que não se perde nem se deixa estagnar. Pelo contrário, é um eterno aprender.
 
  
Thiago Vivas
 
O que 0 motivou a entrar no grupo?
O desejo de fazer parte de um grupo de pesquisa e a temática da própria pesquisa: Cultura e Sexualidade.
Você já pesquisou sobre o assunto?
Sim. Antes de ingressar no grupo cursei no IHAC o componente curricular Sexualidade, Subjetividade e Cultura que me introduziu a abordagem sobre a sexualidade, sob a visão da Psicanálise Clássica.
De que forma o tema de pesquisa lhe atrai?
O estudo sobre a sexualidade me atrai, me identifico com o tema. Contudo, traçar uma relação entre sexualidade e cultura me parece formidável. A análise dos discursos, o estudo do comportamento e a diversidade cultural. Estudar estes temas relacionando-os à sexualidade é indescritível.
Qual é sua expectativa no grupo de pesquisa?
Pretendo, a partir do grupo, me iniciar no meio acadêmico. Desejo, após a diplomação no Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, seguir carreira acadêmica e desenvolver uma pesquisa sob o tema da sexualidade, relacionando à cultura. Vejo o grupo como minha escola de iniciação.
O que você está achando da experiência?
Interessante. Fazer parte de um grupo de pesquisa é mais do que eu imaginei. Você começa a lidar com abordagens e responsabilidades diferentes. Tem sido muito legal.
O que você está fazendo?
Além de estudar a base teórica para o desenvolvimento da pesquisa, já recolho materiais – fotos, vídeos, notícias e resumos – sobre a telenovela Sabor da Paixão (2002).