Afetividades e não-monogamias é tema de roda de conversa na UFBA

Afetividades e não-monogamias é tema de roda de conversa na UFBA

 

No dia 04 de setembro de 2019 (quarta-feira), às 16h, acontece no auditório do PAF 5, no campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia, a roda de conversa “Afetividades e não-monogamias” com a participação das pesquisadoras Raíssa Éris Grimm Cabral, poeta, anarcofeminista e também doutora em psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina, Mônica Barbosa, doutoranda em Sociologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e autora do livro Poliamor e Relações Livres, Luana Souza, mulher negra, feminista, com graduação em Letras pela UFBA, mestrado em Estudos Linguísticos na Universidade Federal de Minas Gerais e doutoranda do IEL/Unicamp, e com a mediação de Carla Freitas, mestre, educadora e integrante da linha de Educação do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gêneros e Sexualidades – NuCuS, promotor do evento.

“Essa é uma roda de conversa extremamente importante no contexto de conservadorismo que vivemos na sociedade como um todo. A fala de mulheres tão diferentes, as experiências que elas acumulam e as pesquisas que realizam no campo das relações humanas, é bastante impactante”, explica Carla Freitas. “Durante a conversa vamos mostrar que existem infinitas formas de construção de afetos que passam pelos marcadores raciais, pelos gêneros, pelas sexualidades, e que não existe uma única maneira correta de expressão dessas afetividades”, completa a pesquisadora.

Luana Souza que também coordena a linha de Lesbianidades, Interseccionalidades e Feminismos do NuCuS, têm se ocupado, na construção de sua tese, do funcionamento do discurso pornográfico feminista. “Na minha fala vou seguir três pontos importantes nessa discussão: construção de redes de afetos das sapatão preta como maneira de resistência e visibilidade, a importância de desromantizar o rebuceteio e o histórico de preterimento da mulher negra e o impacto nas formas plurais de relacionamento”, explica Sousa.

Para Mônica Barbosa que pesquisa formas não-monogâmicas de relacionamento e a construção de novas parentalidades, há uma emergência social de regras de sentimento e expressão, cuja base é um “pensamento amoroso” mononormativo que agencia principalmente as mulheres. “Não se trata apenas de querer exclusividade nas relações amorosas, naturalizamos o controle dos corpos de nossas amantes e aprendemos a fazer das formas mais sutis. Uma das consequências disso é a desertificação da amizade, relação imprescindível nos processos de resistência”, explica Barbosa.

A poeta Raíssa Éris Grimm, também doutora em psicologia pela UFSC, pesquisa sobre os temas da afetividade e autocuidado nos relacionamentos entre mulheres. Desde uma perspectiva lésbica e anarcofeminista. Ela provoca a pensar sobre como construir referências de afetos mais autônomos, com relação aos padrões da heterossexualidade compulsória e do patriarcado.

 

NuCuS

O NuCuS surgiu há 12 anos como Grupo de Pesquisa e é um dos pioneiros nos estudos científicos sobre o papel da culturas nas questões que envolvem os gêneros e as sexualidades no Brasil. Atualmente, o NuCuS funciona com cinco linhas de pesquisa: (1) Estudos Trans, Travestis e Intersexo, (2) Artes, Gêneros e Sexualidades, (3) Lesbianidades, Feminismos e Interseccionalidades, (4) Gênero e Sexualidade na Educação e (5) Processos de subjetivação, raça, gênero e sexualidade.

 

SERVIÇO

O quê: Roda de Conversa “Afetividades e Não-Monogamias”

Quando: 04 de setembro de 2019 – 16h

Onde: Auditório PAF V – Campus Ondina – Universidade Federal da Bahia (Salvador)

Quanto: entrada livre e gratuita até a lotação do auditório

 

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