Vídeo com palestra de professor substituto do IHAC no TEDx Rio Vermelho sobre Doença Falciforme está disponível

Vídeo com palestra de professor substituto do IHAC no TEDx Rio Vermelho sobre Doença Falciforme está disponível

Em dezembro de 2018 o professor Altair Lira, que também já foi docente substituto do IHAC,  ministrou uma palesta no TEDx Rio Vermelho tratando do tema Doença Falciforme: Muito além da meia lua, uma Lu(t)a inteira.

Confira no vídeo abaixo:

 

A ideia de que as pessoas com doenças crônicas podem ser protagonistas da sua história e com isso mudar a forma com que os sistemas de saúde as tratam e as enxergam. Superar a dor, mudar o seu mundo. Essa experiência que passa do individual para o coletivo marca os processos de tantas outras pessoas com filhos ou com a doença falciforme. Viver a experiência de criar uma entidade, a Associação Baiana das Pessoas com Doença Falciforme (DF), e presenciar a transformação da realidade em saúde buscando lutar por políticas públicas e benefícios sociais para as pessoas com a doença, que é crônica e que afeta uma criança a cada mil nascimentos no Brasil.

 

“Esse é o tema da nossa conversa ou talk durante a edição do TEDx Rio Vermelho 2018. Desde o início da seleção uma coisa mexia comigo: apresentar uma idéia ou ação minha que pudesse ser contada para o mundo. Mas não havia uma idéia ou ação minha.
Desde o primeiro texto até o fim do processo seletivo eu só sabia falar no plural: NÓS, NOSSO, FIZEMOS….
A luta das pessoas com doença falciforme não era a luta de um ou de uma. A história de resistência do povo negro no Brasil não tem uma única referência. Somos muitos e muitas. Muitas vozes, muitas lutas. Resistência.
Construir essa fala era reconhecer desde o início que eu não falava por mim. Com isso a responsabilidade aumentava, mas eu estava bem guiado. A Espiritualidade Ancestral e amiga estava a me “soprar” as questões. E eu doei meu corpo, alma, espírito para fazer o meu melhor.
Aprendiz de Griô, ousei-me a narrar em tão curto espaço de tempo a luta de homens e mulheres em busca da qualidade de vida e da atenção a saúde, do enfrentamento ao racismo institucional e para tirar a doença falciforme, a doença genética de maior prevalência do Brasil da invisibilidade.
Mais que uma narrativa, essa é uma narração ativa, de quem viveu coletivamente essa luta e que se orgulha o tempo todo do que fizemos.
E como disse Oráculo: Nós não sabíamos que ia terminar assim, mas nós acreditávamos”.
Nós acreditamos. Nós nunca deixaremos de acreditar.
Eu sou porque nós somos
UBUNTU!”

Altair Lira