III Encontro Internacional da Economia Criativa traz para o debate as “Áfricas criativas”
Discutir o sistema cultural e os elos das cadeias produtivas das artes e da cultura afro-brasileira no Brasil, no continente africano e nas mais diversas diásporas negras no mundo. Este é o objetivo do III Encontro Internacional da Economia Criativa (EIEC) que, este ano, será realizado de 8 a 10 de novembro, nas cidades de Salvador (Goethe-Institut Salvador-Bahia) e Santo Amaro (Teatro Dona Canô). O evento é gratuito e deve reunir artistas, produtores, gestores e pesquisadores dos setores criativos, além de representantes de organizações públicas, privadas e da sociedade civil. As inscrições podem ser feitas pelo www.eiec.ufba.br ou no dia do evento.
A programação será aberta pelo professor da Obafemi Awolowo University (Nigéria), Félix Ayoh’Omidire falando sobre “A Diáspora Cultural Africana na América Latina”. A professora da UFRB, Vanda Machado, será a debatedora. Na sequência, haverá o debate “Narrativas negras – desafios da sustentabilidade da dramaturgia e da literatura afrodescendente”, com a participação do escritor, poeta e contista, Oswaldo de Camargo; da Onisajé (Fernanda Júlia) do Ilê Axé Oyá L ́adê Inan (Alagoinhas); dos idealizadores do Coletivo Ogum’s Toques Negros, Claudia Santos e Silvio Oliveira; e do dramaturgo, ator e escritor, Aldri Anunciação. A mediação será do professor da UFRB, Cláudio Orlando.
No segundo dia do evento, será realizado o painel “Mulheres, Artes Visuais e Economia Criativa”, com a participação da curadora do “documenta 14 em Atenas” e escritora grega, Marina Fokidis; da fotógrafa venezuelana, Àngela Bonadie; da professora da UFRB, Emi Koide; e da artista e performer, Michelle Mattiuzi; com mediação do professor da UFRB, Danilo Barata. Encerrando as atividades do EIEC em Salvador, o professor da University of Melbourne, Christiaan De Beukelaer; a fundadora do Programa Economia Criativa da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Edna dos Santos-Duisenber; e o diretor da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, falarão sobre “Cultura e Desenvolvimento nas Áfricas Criativas”. A mediação será da professora da UFRB e vice-coordenadora do EIEC, Daniele Canedo.
No terceiro e último dia do EIEC, já em Santo Amaro, haverá, por toda a manhã, o debate “Perspectivas de fortalecimento da cultura nos municípios” com a presença de gestores e conselheiros municipais de Cultura da Bahia, para a construção da Carta-Manifesto – Fortalecimento da Cultura nos Municípios e Territórios de Identidade. À tarde, o primeiro debate será sobre “Cultura, Tecnologias e Movimentos Criativos Contemporâneos”, com a participação do músico, artista visual, programador e criador do software ARRAST_VJ, Bruno Rohde; da professora do CEAO/UFBA, Jamile Borges da Silva; e da diretora do Instituto Mídia Étnica, Luciane Neves. A mediação será do professor da UFRB, Marcelo Medeiros. Por fim, será realizado o painel “Festas: Economia Criativa e Engajamento Social”, sob a mediação de Mércia Queiroz. Os debatedores serão a produtora cultural e coordenadora de projetos na instituição Ilú Obá De Min, Baby Amorim (SP); do jornalista, design gráfico e produtor da festa BATEKOO, Wesley Miranda (SP); o presidente do bloco afro Ilê Aiyê, Vovô do Ilê; e o presidente da Associação dos Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia (Assemba), Alexnaldo dos Santos.
O EIEC 2017 é organizado pelo Observatório da Economia Criativa da Bahia (OBEC-BA), pelo Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos (IHAC), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e pelo Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O evento tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia, e apoio institucional do Goethe-Institut Salvador-Bahia, do Ministério da Cultura e do Teatro Dona Canô, Secretaria de Cultura da Bahia.