urbBA[17] – Seminário de Urbanismo na Bahia aceita submissão de trabalhos até o dia 21 de agosto
O urbBA[17] – Seminário de Urbanismo na Bahia está com a chamada para a submissão de trabalhos aberta até o dia 21 de agosto de 2017. O tema será URBANISMO EM COMUM: novas formulações do urbanismo enquanto tecnologia social.
O evento, que acontece entre os dias 7 e 10 de novembro de 2017 na Faculdade de Arquitetura da UFBA, em Salvador, busca enfrentar os diversos urbanismos em curso, problematizados através de três ângulos de abordagem:
1) Os saberes e tecnologias que estão sendo produzidos na interação universidade-sociedade: ou seja, práticas colaborativas que convocam a inteligência coletiva para pensar a cidade, em resposta a uma lógica unitária e centrada na acumulação de riquezas que se ancora no consumo (especulativo) da terra, do ambiente construído e das reservas naturais. São trabalhos que fazem confluir universidade e sociedade, ancorados em modos de produzir e usar as cidades que consideram o existente e as existências sociais e ambientais como possibilidades de o urbanismo tensionar e reconceituar princípios de propriedade e de hierarquias legais, assim como de relações tecnológicas, comunitárias, éticas e estéticas.
2) Os bens coletivos produzidos a partir de iniciativas de moradores, movimentos e organizações: ou seja, práticas cotidianas de moradores, movimentos e ativismos estruturam contra-racionalidades, conflitos, tensionamentos e brechas por onde se atualizam as lógicas da necessidade e da solidariedade que articulam as condições da vida coletiva. Em especial, os projetos coletivos afiançam a participação popular tendo seus habitantes como protagonistas das ações de transformação da cidade, facilitando a aproximação e auto-organização de coletivos que, juntos, são capazes de formular e encaminhar possibilidades de equacionamento de diversos desafios urbanos. Esses movimentos e aspirações articulam-se claramente com as perspectivas delineadas pelos princípios da economia social e solidária e pela construção de tecnologias sociais que possam fertilizar novas formas de ação pública, social e política.
3) A relação entre projetos coletivos e o exercício da democracia: ou seja, a conjuntura urbana mais recente se caracteriza pela irrupção continuada de fatores tensionadores da esfera de construção do urbano e do direito à cidade. Ativismos e movimentos político-sociais diversos, em reocupações expressivas do espaço público e privado, exprimem a persistência e/ou agravamento de velhas e novas questões urbanas não equacionadas e o próprio avanço dos direitos de cidadania. Como diferentes experiências ou projetos coletivos alimentam a reflexão e exercícios da democracia?
Esses três ângulos de abordagem devem se articular aos três eixos que estruturam o urbBA: urbanização em processo; produção contemporânea do espaço e a (des)construção do comum; urbanismo e regulação.