Sessão de encerramento da mostra de filmes “Descolonizando o Olhar – Parte 2” convida Marcília Cavalcante e Olinda Tupinambá

Sessão de encerramento da mostra de filmes “Descolonizando o Olhar – Parte 2” convida Marcília Cavalcante e Olinda Tupinambá

No próximo dia 07 de agosto acontece no Auditório da Faculdade de Comunicação da UFBA (FACOM) a sessão de encerramento da mostra de filmes “Descolonizando o Olhar – Parte 2”. O evento começa às 10h e terá exibição dos filmes Cosmovisões (2022), de Marcília Cavalcante, e Ibirapitanga (2022), de Olinda Tupinambá. As diretoras dos filmes são as convidadas do evento, que contará também com a mediação da professora do IHAC e coordenadora do projeto, Karliane Nunes.

Sobre os filmes:

Cosmovisões (2022): No sul da Bahia, sete mulheres indígenas convidam à reflexão, transitando por sua mitologia, ancestralidade e caminhos para o bem viver.

Ibirapitanga (2022): A visão da árvore Ibirapitanga, uma entidade. Ibirapitanga é o pau-brasil, uma das árvores mais significativa do bioma onde ocorre.

Sobre as diretoras:

Marcília Cavalcante é uma cineasta nordestina pioneira, fundadora da Mãe D”Água Filmes, produtora independente especializada em cinema e vídeo. Seus primeiros trabalhos exibidos em festivais foram “Panóptico” e “Comportapilalismo”, ambos produzidos durante o período em que estudava na primeira turma de cinema da Bahia. Em 2007, estreia profissionalmente no cinema nacional ao conquistar o Programa Petrobras Cultural 2006 com o filme “Xukuru Ororubá”. Este curta-metragem foi premiado nacionalmente pelo Curta Lençóis Maranhenses, obtendo a primeira colocação no prêmio do júri técnico. O filme também integrou a seleção de festivais internacionais e nacionais, como o Docufest Atlanta, Beloit International Film Festival, Napperville Independent Film Festival, Mostra Internacional do Filme Etnográfico do Rio, Cine Documenta, Festival e Cinema de Campo Grande e Mostra Conquista. Ao longo de sua carreira, dirigiu videoclipes, programas de TV, vídeos publicitários e peças de animação gráfica. Em 2021, Marcília foi contemplada no edital Bahia na Tela com o telefilme “Cosmovisões”, que fez parte da programação da TVE (IRDEB). O filme “Cosmovisões” já foi selecionado em 14 festivais internacionais e nacionais, tendo sido exibido em dezenas de países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Bulgária, Reino Unido, Itália, Argentina, Egito, Coréia do Sul e outros países do Oriente Médio e sul da Ásia. Além de sua carreira como diretora, Marcília atuou como continuista em diversos filmes do cenário nacional, incluindo títulos como “A Beira do Caminho”, “Trampolim do Forte”, “Coleção Invisível”, “A Batalha de Shangri-lá”, “Abraço” e Humor Negro. Também trabalhou na equipe de produção dos longas”Cidade Baixa” e “A Morte e a Morte de Quicas Berro D”Água”

Olinda Tupinambá (Pau Brasil, Bahia, 1989) é uma multiartista graduada em comunicação social. É produtora cultural, performer e realizadora audiovisual. Seu trabalho se destaca pela proposta de usar seu corpo como um corpo político, um corpo que se transmuta para falar de outros mundos possíveis, visibilizar e discutir as questões ambientais e a relação do homem com a natureza, tema recorrente em suas obras. Trabalha com audiovisual desde o final de 2015, entre documentários, ficção e performance, tendo produzido e dirigido 10 obras audiovisuais próprias e independentes. Foi curadora de diversos festivais e mostras de cinema, entre eles o Festival de Cinema Indígena Cine Kurumin (2020 e 2021), a Mostra Lugar de Mulher é no Cinema (2020 e 2021), e o 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena – FeCCI 2022. Foi também produtora de duas mostras de cinema: Mostra Paraguaçu de Cinema Indígena (2017) e Amotara – Olhares das Mulheres Indígenas (2021). Integrou o grupo de pesquisa “Culturas de Antirracismo na América Latina” (CARLA – UFBA e Universidade de Manchester). Foi artista convidada da exposição Véxoa: Nós Sabemos (2020-2021) e do programa Atos Modernos (2022), ambos da Pinacoteca de São Paulo. Em 2024, participou da 60ª Bienal de Veneza com a obra “Equilíbrio”, tendo sido uma das artistas convidadas do Pavilhão Hãhãwpuá, como foi referido o Pavilhão do Brasil na ocasião. Foi indicada ao Prêmio Pipa 2024.

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