Reitor convida aluno do BI para tocar

O aluno do BI em Artes, Carlos Bernas, fará uma apresentação, junto com seu parceiro musical, Alexandre Mota, na aula inaugural da UFBA, no dia 1º de março, às 10h, no Salão Nobre da Reitoria, e dia 4 março, às 19h, no Centro de Convivência, no PAF-III, com a presença do reitor e de pais dos alunos dos BI’s. Além disso, a dupla irá tocar também na II Semana de Arte, Cultura e Ciências do IHAC (Sacci), na sexta, dia 6. Ouça a música aqui.

O convite para a dupla tocar no Salão Nobre Reitoria veio do reitor Naomar Filho que, ao ouvir a música Paciência Hortência, de autoria de Bernas, a denominou como “Hino do IHAC”.

Bernas, que toca violão desde os cinco anos de idade e tem formação pela EMVL/RJ (Escola de Música Villa-Lobos), se sentiu muito lisonjeado e grato pelo convite do reitor. “Qualquer opinião do reitor é sempre bem vinda”, explana o artista. “Fico muito feliz pela música ter sido considerada pelo reitor o Hino do IHAC”, disse. Bernas ainda afirma que se sente agora mais estimulado em compor outras músicas e se considera cada vez mais responsável pelo processo de construção de uma Universidade Nova.

O músico, além de compor o “Hino do IHAC”, Paciência Hortência, também compôs a música Menina tão pra frente. Segundo ele, Menina tão pra frente surgiu de uma conversa que ele teve com um aluno de Letras da UFBA. Esse aluno se apaixonou por uma menina do BI de Artes e ficou um longo período conversando com Bernas sobre a sua paixonite aguda e platônica. A menina nem olhava para o rapaz. “Uma vez ele tentou conversar com ela, mas percebeu que a menina sabia se expressar muito bem e de tudo sabia um pouco. Ao final, ele percebeu que não era para ela e se afastou. Acho que não tem nada a ver isso, o amor não coloca nenhum parâmetro intelectual na vida da gente”, afirma Bernas, sobre a atitude do rapaz. “Isso ficou na minha cabeça e, como estímulo, a música saiu no mesmo dia”, destaca.

Paciência Hortência é uma longa e interessante história. Segundo Bernas, a inspiração veio de um namoro. “Conheci Hortência, que mora na França, e começamos um relacionamento na Bahia. Na mesma época que entrei no BI ela precisou voltar para França e me pediu para ir com ela”, explica. O músico resolveu não seguir viagem com seu amor. “Falei para ela que tudo o que é novo exige muita paciência e sabedoria para saber como se lidar. A partir disso compus a música”, afirma.

“Fiz uma alusão ao BI porque eu ouvi muitas – e não foram poucas – críticas dos alunos e professores ainda conservadores sobre a estrutura do BI e da tal Universidade Nova, algo tão recente e já recebendo muitas críticas assim por todos os lados”, explica o músico. “A paciência é fundamental em qualquer processo inovador”, conclui.