Roda de conversa marca o lançamento dos livros “Aĩbu Keneya”, de Rita e Yaka Sales Huni Kuī, e “O manto é feminino”, de Glicéria Tupinambá, no IHAC

Roda de conversa marca o lançamento dos livros “Aĩbu Keneya”, de Rita e Yaka Sales Huni Kuī, e “O manto é feminino”, de Glicéria Tupinambá, no IHAC

No dia 10 de outubro de 2025, às 16h, acontece na sala 404 do PAF V, no campus de Ondina da UFBA, o lançamento dos livros Aĩbu Keneya, de Rita e Yaka Sales Huni Kuī e O manto é feminino, de Glicéria Tupinambá. O evento contará com uma roda de conversa com estudantes do Mestrado Profissional em Artes – PROFARTES (IHAC/UFBA), a professora Laura Castro (IHAC) e a mestra Rita Pataxó, residente do Programa de Residência em Arte, Cultura e Extensão (PROEXT/UFBA) sobre materiais didáticos e a Lei nº 11.645/2008, que torna obrigatório o estudo da história e da cultura afro-brasileira e indígena. A roda de conversa contará também com acessibilidade por meio de audiodescrição e tradução em libras. As autoras não estarão presentes por indisponibilidades de agenda, mas toda a renda de venda do livro será revertida para elas e suas comunidades. 

Antes disso, às 14h30, no mesmo local, será realizada uma palestra-performance com a professora Laura Castro (IHAC), intitulada A escola viva e o livro lugar: caminhos de uma artista-professora na floresta, também aberta ao público.

Aĩbu Keneya é de autoria de Rita e Yaka Sales e leva o nome do coletivo de mulheres Huni Kuī da aldeia Chico Curumim, localizada na Terra Indígena Kaxinawá do Rio Jordão, no Acre, onde nasceram. O livro ilustrado apresenta a história de Aĩbu desde seu nascimento até a juventude, passando por sua formação nas escolas vivas Huni Kuī e narrando sua busca pela liberdade até tornar-se uma ativista importante na luta de direitos de seu povo, especialmente das mulheres.

O manto é feminino, de Glicéria Tupinambá, foi guiado pela pesquisa da autora sobre o manto tupinambá e a sua relação com as mulheres. A criação da publicação teve o apoio fundamental da pesquisadora e professora Jéssica Tupinambá na condução de oficinas de desenho com estudantes do Colégio Estadual Indígena Tupinambá Serra do PadeiroCEITSP, que compõem as páginas desta história e contou com a finalização gráfica de Eris Beatriz, egressa da UFBA e responsável pelo projeto gráfico e outras ilustrações da publicação.

Estes dois livros foram sonhados na Residência Artístico-Pedagógica Capanga de Aruanda, realizada em duas etapas: a primeira na Aldeia Serra do Padeiro, Terra Indígena Tupinambá de Olivença, no Sul da Bahia, e a segunda na aldeia Chico Curumim, localizada na Terra Indígena Kaxinawá do Rio Jordão, no Acre, em 2023, no âmbito das pesquisas “Escolas Vivas: pedagogias territorializadas e materiais didáticos diferenciados para promoção da interculturalidade como política de educação pública” e “Edições Cosmográficas: criação de materiais didáticos interculturais a partir de poéticas e pedagogias vivas”, que contaram com o apoio do CNPq. 

Estas ações integraram também as atividades de pesquisa de pós-doutorado da professora do IHAC Laura Castro. Neste sentido, às 14h30, a professora irá conduzir uma palestra intitulada “A escola viva e o livro lugar: caminhos de uma artista-professora na floresta” em que o público poderá tomar contato com o contexto de pesquisa dos livros que serão lançados às 16h. 

Além disso, os dois livros compõem a coleção de materiais didáticos intitulada “Capanga de Aruanda” e seu desenvolvimento contou com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal da Bahia (PROEXT/UFBA). Editado pela Sociedade da Prensa/EDTÓRA, editora responsável por todos os livros da coleção, as duas publicações conta com a parceria da plataforma MI MAWAI no desenvolvimento dos seus respectivos áudio-livros.

O projeto editorial COLEÇÃO LIVRO-LUGAR: NARRATIVA DE MULHERES INDÍGENAS TRAMADAS DA BAHIA À AMAZÔNIA foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

PROGRAMAÇÃO

14h30 – PALESTRA-PERFORMANCE
A escola viva e o livro lugar: caminhos de uma artista-professora na floresta
Prof.ª Dra. Laura Castro 

16h – LANÇAMENTO
Aĩbu Keneya, Rita e Yaka Sales Huni Kuī + O manto é feminino, de Glicéria Tupinambá.

16h30 – BATE-PAPO (com acessibilidade de libras e audiodescrição)
Roda de conversa com Rita Pataxó, Laura Castro e professores estudantes do PROFARTES 

Local: UFBA – Campus de Ondina – PAF V, sala 404.